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  • Foto do escritorFlávia Esper

Seja curioso!


O grande poeta Walt Whitman escreveu: "Seja curioso, não julgador." A curiosidade saudável consiste em um olhar aberto e encantado pela vida, uma vontade de conhecer o novo, de experimentar o diferente, em vez de se fechar no que já é conhecido, julgando o diferente como errado ou ruim.

Imagine como seria agradável poder estar aberto(a) às diferenças como uma criança que descobre o mundo. Poder se encantar com a diversidade, mesmo que se esteja confortável com as próprias escolhas, traz grande leveza e liberdade.

É libertador entender que outro não é uma ameaça. A divergência de ideias não é uma afronta da qual precisamos nos defender. É apenas uma outra ideia. E não invalida a nossa.

Estamos acostumados a acreditar em certo e errado, verdadeiro ou falso. Esse pensamento funciona bem na infância, quando ainda não temos muitos recursos para entender os meios termos e a relatividade. No mundo adulto, sabemos que não há uma só verdade, assim como não há alguém totalmente bom ou totalmente mau. A verdade é uma questão de ponto de vista.

O outro estar "certo" não impede que você também esteja. Ao contrário do que lhe ensinaram, há tantas verdades quanto formas de olhar. Se algo é verdade para a sua alma, não há necessidade de provar isso a ninguém. É válido para você e isso é o que importa. Permita-se ser curioso, saber como o outro enxerga as cores, sem se sentir ameaçado.

Conhecer o diferente é riqueza, e não ameaça. Você pode achar interessante o pensamento do outro, mesmo que ele não faça sentido para a sua alma. Não é preciso abrir mão das suas verdades para olhar com acolhimento uma verdade diferente da sua. O fato de sua flor preferida ser a rosa não impede que contemple as margaridas, gérberas e girassois. Há jardim para todas as flores e há espaço para todas as ideias.

E, se, em algum ponto, sua verdade não for mais válida para você, não estiver mais de acordo com a sua alma, também é possível rever suas ideias, como uma criança que vai mudando suas crenças e fantasias, conforme descobre como o universo funciona. É natural mudarmos ou ampliarmos nossa visão conforme experienciamos o mundo.

A divisão, a busca de uma verdade una, imposta à força a todos é um empobrecimento da capacidade humana de enxergar a realidade de diferentes formas. Seria como preferir que o arco íris tivesse apenas uma cor. Vai contra a natureza e o universo, tão ricos em diversidade.

Quanto mais abertos estivermos à coexistência das diferenças, mais abertos estaremos à amplitude da vida e menos necessidade teremos de defender nossas opiniões ardentemente ou de convencer os outros delas. A curiosidade é alegre, maleável; o julgamento tensiona, enrijece, aprisiona. Quem precisa do apoio externo para defender aquilo em que acredita ainda não está totalmente seguro de suas ideias.

Quando algo é verdade para a alma, podemos até falar disso a outros, mas não temos necessidade de convencer ninguém, porque sabemos que, para cada alma, em cada momento, há uma verdade. E isso nos basta. Não há dois pontos de vista exatamente iguais. E está tudo bem em ser assim.

Que tal experimentar conversar com alguém que pensa diferente de você? Experimente, em vez de julgar e se fechar na defensiva de suas ideias, buscar conhecer, ampliar o olhar, enxergar pelas lentes do outro, ver o mundo de outra forma. Pode ser uma experiência incrível.

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