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  • Foto do escritorFlávia Esper

O que você quer mudar?


Tem algo que queira mudar em você ou na sua vida?

Muitas vezes, quando tentamos mudar algo que nos incomoda, ficamos tão focados no que queremos desconstruir, que acabamos nos esquecendo de alimentar o que queremos construir. Por exemplo, se queremos mudar um padrão alimentar e evitar comer açúcar. Se mantivermos o foco em não comer açúcar, mantendo essa idéia em mente todo o tempo, em que estamos pensando? Em comer açúcar.

O cérebro não leva em conta o "não". Ele foca nos termos principais, neste caso, "comer açúcar". Não acredita? Então vamos fazer um teste rápido. Preparado(a)?

Vamos lá: NÃO PENSE NUM COELHO.

Em que você pensou? Se foi em um coelho, você acaba de entender o que eu disse antes. Seguindo o exemplo da mudança alimentar, em vez de focar em não comer açúcar, e manter o açúcar todo o tempo no pensamento, seria mais eficiente focar no novo padrão. Experimentar, por exemplo, focar em comer alimentos mais saudáveis, imaginar novas receitas, castanhas.

Quando focamos no padrão que queremos construir, nosso cérebro vai se fixando nesse novo padrão. Aos poucos, vai nos ajudando a alimentar a nova ideia, fortalecendo-a.

Isso acontece nas demais áreas de nossa vida. Se tentamos não ser briguentos, estamos alimentando a ideia de que somos briguentos e estamos apenas tentando nos controlar. Agora, se focarmos em ser mais tranquilos e menos reativos, é essa a ideia que alimentaremos. E é o que, pouco a pouco, passaremos a ser.

O segredo da mudança é bem parecido com o segredo por trás das escolhas: uma vez decidido para onde queremos ir, devemos seguir em frente e não olhar para trás. Quando olhamos para trás, reeditamos o passado, reforçamos tudo aquilo que queremos deixar de lado.

A mudança exige o comprometimento de se voltar integralmente para a construção do novo, daquilo que se deseja ser, fazer ou criar. Quando somos assertivos naquilo que queremos, o caminho se abre diante de nós. A assertividade é como uma flecha. Se miramos o alvo, retesamos o arco e a soltamos com a precisa intenção, a flecha segue seu caminho sem dúvidas. Por outro lado, se duvidamos, nos distraímos com a memória do que era, se ainda estamos apegados ao passado, olhando para trás ou para os lados, incertos e inseguros, também incerta e sem força será a flecha lançada e, provavelmente, não seguirá o caminho proposto.

Contam que Ló e sua família moravam numa cidade em que imperava a maldade. Era tanta a maldade que Deus resolveu destruir o local. Enviou dois mensageiros para avisar a família de Ló e lhe dizer que fugissem, já que eles não pertenciam àquele lugar. A família demorou um pouco, quem sabe por apego ao que tinham ou pela insegurança de deixar tudo para trás, às pressas. Então, os mensageiros os puxaram pela mão ate o limiar da cidade e disseram: "corram para salvar suas vidas. Haja o que houver, não olhem para trás." Ló e suas duas filhas seguiram fielmente as ordens, mas a esposa de Ló voltou-se para olhar o que deixavam. E foi nesse momento que ela se tornou uma estátua de sal.

Essa pequena história fala sobre muitas questões. A que nos interessa aqui é a de como voltar-se para trás pode nos transformar em estátuas, apegados ao que era, e nos impedir de seguir novos caminhos. Não foi por acaso que a mulher que interrompeu o passo rumo ou novo e se voltou para o passado se transformou em uma estátua de sal. O sal é um dos maiores conservantes que há. Se temos fé no novo e no caminho em frente, se ralmente estamos decididos a deixar uma situação ou comportamento para trás, é necessário ir, de corpo e alma, olhando apenas para o novo. É esse olhar focado no que se quer que ajuda a construir nosso desejo.

O passado já serviu ao seu propósito. Não é necessário combatê-lo. Só é preciso se despedir dele e construir o que se quer daqui pra diante.

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